Correndo atrás do próprio rabo

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“A única forma de prever o futuro é criando-o você mesmo” (Joe Jackman)

Provavelmente a afirmação mais contundente de Joe Jackman durante o congresso brasileiro de varejo (BRWeek 2017) foi a de que a irrelevância é mais dolorosa do que a mudança.

No entanto, boa parte das empresas prefere continuar fazendo mais do mesmo, acreditando que transformações são sempre dolorosas, mesmo quando a zona de conforto não resulta em prosperidade.

Por outro lado, o discurso de inovação é uma constante, mesmo em negócios que não estão fazendo nada para justificar esse discurso.

Pouco conhecimento a respeito dos seus próprios clientes e de suas expectativas.

Nenhuma preocupação em buscar diferenciais em relação à concorrência, além da guerra de preços que só corrói margens.

Pouca, ou às vezes, nenhuma consistência com o discurso que a comunicação faz das suas marcas.

E um eterno lamentar de que a economia está ruim e é preciso cortar investimentos para sobreviver.

Empresas que apostaram na mudança e, mesmo durante a crise, investiram pesadamente na conquista de mercado, já são as que estão emergindo como líderes na tímida retomada da economia.

Não vai ser fácil alcançá-las quando a economia se fortalecer novamente.

Elas investiram no conhecimento dos seus clientes, expandiram suas redes, tornaram-se multicanal, adotaram modelos de pricing dinâmicos, treinaram suas equipes para oferecer experiências inesquecíveis para seus consumidores.

Empresas que entenderam que correr atrás do próprio rabo era um problema compulsivo que precisava de um tratamento de choque, ou estariam eternamente condenadas à irrelevância.

Construíram o seu próprio futuro, ao invés de esperar que ele as atropelasse.

A escolha entre se reinventar e continuar insistindo nas mesmas estratégias e nos mesmos processos é que vai definir o que sua empresa será, muito em breve.

A empresa da categoria, ou apenas mais uma empresa da categoria.