Começamos o dia com a má, mas esperada notícia, da queda do PIB o mês de maio. Significativamente afetado pela greve dos caminhoneiros.
Não só por ela, diga-se de passagem: as prévias mensais do PIB têm se alternado regularmente entre meses negativos (os ímpares) e os positivos (pares) e, por motivos óbvios (a base anterior foi muito ruim), o valor de junho vai mostrar crescimento de novo.
Acontece que já estamos em julho e, de um lado, não podemos nutrir nenhuma expectativa em relação a alguma melhoria institucional, de outro, muitos gestores parecem anestesiados nas suas decisões.
O déficit público vai continuar aumentando, especialmente antes de eleições gerais e dos seus “pacotes de bondades”, a economia mundial continuará a se ressentir das medidas do homem que tem um trunfo nas mãos, mas nenhum bom senso na cabeça.
Enquanto isso, as empresas se alternam entre aquelas que preferem esperar o vendaval passar e as que continuam navegando no meio da tempestade.
O problema, para as primeiras é que o tempo ruim está durando muito e não dá sinais de bonança à frente.
A vantagem para as últimas é que quando (e se) a bonança chegar, elas estarão léguas à frente dos seus concorrentes. Caso a calmaria não chegue, também estarão à frente.
Cada minuto esperando que a solução caia do céu representa um atraso significativo nos resultados.
O consumo, ainda que tenha se retraído em maio, aponta que um terço da população paulistana pretende ampliar seus gastos nos próximos meses (segundo pesquisa da Fecomercio).
A mesma Fecomercio mostra que o índice de confiança do consumidor está aumentando desde o começo do ano, lentamente, mas aumentando.
Você pode ir atrás desses consumidores, ou dar desculpas para os acionistas.
Em janeiro, eu já falava sobre isso. O que aconteceu no seu negócio depois desses 6 meses?
A vida, diz o ditado popular, é feita de escolhas.
As suas vão definir as consequências do seu futuro.